O
fenômeno climático começará a se intensificar entre os meses de setembro e
outubro, permanecendo até 2019, é a afirmação do climatologista, Luis Carlos
Molion.
Utilizando
o sistema de previsão por similaridade, Molion explica que o La Niña deve
seguir o padrão próximo ao ocorrido entre os anos 1999 a 2001 quando o fenômeno
se estabeleceu após um forte El Niño de 1997 a 1998.
Segundo
ele, com o esfriamento das águas do Pacifico um sistema de alta pressão
permanece sobre o Brasil, sendo característico por ar seco que dificulta a
formação de nuvens. Além disso, é comum por "altas temperaturas durante o
dia e tempo mais frio durante a noite", explica.
Dessa
forma, o climatologista afirma que até 2017 o clima deve ser caracterizado por
chuvas abaixo da média em todo o Brasil Central, com exceção da região Sul que
tende a receber um volume maior de precipitações. Além disso, em anos de La
Niña é comum o avanço de massas de ar polar que favorece a formação de geadas e
alongamento de períodos de baixa temperatura.
Para
a produção agrícola esse cenário, se confirmado, poderá causar prejuízos à
safra de verão, especialmente para culturas como soja, milho e algodão. "
Há uma tendência de que as chuvas fiquem firmes somente a partir de
novembro e, em geral os produtores querem plantar em setembro ou inicio de
outubro", ressalta Molion.
Além
disso, há a possibilidade da ocorrência de veranico severo em janeiro, com a
volta das chuvas em março, abril e maio, favorecendo então a segunda safra de
milho.
Já
no Sul, o estabelecimento da zona de alta pressão sobre o Brasil Central
"tende a desviar as frentes frias que em geral passam sobre o Rio Grande
do Sul, então há uma tendência de até 2017 à região tenha grande ocorrência de
chuvas", pondera o climatologista.
De
acordo com Molion, o La Niña também favorece a formação de geadas e a
manutenção de temperaturas até 2°C abaixo da média com o alongamento do
inverno. Fator que pode ser prejudicial para a cultura do milho safrinha.
Para
uma previsão de similaridade mais alongada, entre 2018 e 2019, o padrão
climático deverá sofrer alteração, deixando o Sudeste, Centro-oeste, Norte e
Nordeste mais chuvoso, e o Sul com menos presença de chuvas.
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