
A
invenção de Ronggui Yang e Xiaobo Yin soa futurista: uma película capaz de
refrescar prédios sem usar nenhum tipo de gás refrigerador — e, o mais
impressionante, sem gastar energia.
De
acordo com a revista “The Economist”, o filme pode ser produzido com métodos
tradicionalmente empregados pela indústria e com custo em torno de 50 centavos
de dólar por metro quadrado.
O poder da película desenvolvida por Yang e Yin tem a ver com um
processo chamado de refrigeração radioativa. O princípio parte de um dado
natural: a atmosfera da Terra permite que certos comprimentos de onda
infravermelha, que carregam calor, escapem para o espaço sem obstáculos. O que
os cientistas fizeram foi converter o calor indesejado em radiação
infravermelha no exato comprimento de onda que o planeta manda para fora.
Ao
colocar a película sobre o telhado de uma casa, o lado prateado deve ficar por
baixo. A luz solar é refletida pela face prateada através do plástico, o que
impede o aquecimento da casa. Além disso, o calor interno é liberado para a
atmosfera graças a uma complexa relação entre o diâmetro das pedrinhas de vidro
e o comprimento das ondas que escapam para o espaço.
Segundo
a revista “The Economist”, o poder de refrigeração da película é de 93 watts
por metro quadrado, em caso de incidência direta de luz solar. À noite, o
efeito é mais potente. De acordo com os pesquisadores, cerca de 20 metros
quadrados do filme são suficientes para manter a temperatura de uma casa comum
em 20°C num dia em que os termômetros marcam 37°C.
O
sistema não precisa de eletricidade, embora exija um complemento que não
funciona sem força. Para regular os níveis de refrigeração, seria necessário
incluir um encanamento para carregar o calor da casa para o filme e assim
manter a temperatura interna estável. As bombas de água provavelmente exigiriam
energia elétrica, mas em pequena quantidade.
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